Vem isto a propósito do que João Miguel Tavares escreveu. (:)(:) Argumenta ele que 600 milhões de euros devolvidos aos professores são, ao fim de 20 anos, 12 mil milhões que saem do Orçamento de Estado É, explica o rapaz, muito mais do que os 4,9 mil milhões que serviram para salvar o BES ou os 3,9 mil milhões que entraram na CGD. Conclui ele que, a gastar desta forma, vamos regressar à pré-falência.
Lá está. 2+2=4.
Esquece-se João que o dinheiro que chega, por direito, aos professores não vai para o lixo. Não serve para tapar um gigantesco buraco como era (é?) a banca. São milhões que voltarão a circular numa economia de mercado. É dinheiro que será deduzido em IRS. É dinheiro que será gasto em bens que têm IVA de 6%, 11% e 23%. Ou acha João que a sotôr vai guardar a fortuna (?!?!) debaixo do colchão?
Só na folha de excel é que 600.000.000 x 20 anos = 12.000.000.000. Na realidade, 600.000 não é só débito. É crédito. Ao fim do ano, vai voltar aos cofres do Estado. Não é esbanjar, é investir. Não é só dever, é haver.
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